De 1824 aos nossos dias, de Ludwig Van Beethoven aos nossos dias, o quanto avançamos, entre lenços e chapéus, com a tecnologia as pessoas surdas passaram a ouvir com os olhos, ver com as palavras, escrever com o piscar de olhos e até mesmo compor com a pele.
A acessibilidade está no campo da atitude, que segrega os mundos com e sem deficiência.
Em evento realizado em Las Vegas uma banda de rock tocava, na pista metade das pessoas eram surdas e a outra metade não era, em depoimento posterior pessoas que não eram surdas não sabiam diferenciar uns dos outros na pista.
Somando-se todas as deficiências, visuais, auditivas e de locomoção, chega-se a um quinto da população (45 milhões de pessoas, segundo o IBGE). Mas as dificuldades de acessibilidade impedem que muitos deles estejam em espaços de convivência, criando um imenso contingente invisível.
Meus amigos, o maior desafio hoje para este público, além das fronteiras tecnológicas, é romper a invisibilidade das pessoas com deficiência na sociedade.
A tecnologia é apenas um meio para reduzir a invisibilidade, mas o necessário mesmo é um olhar humanizado, seu, meu.
Para minimizar sugiro um olhar especial dos atuais governo, principalmente estadual e municipal a investir em escolas especiais para pessoas com deficiência. A tecnologia sozinha não resolverá os desafios da acessibilidade. A Lei Brasileira de Inclusão de 2015, é uma das mais avançadas no mundo, mas o problema está na prática, no campo cultural.
Tenho alunos com deficiência aqui no Campus da UEMA de Pinheiro e vejo o quanto é difícil elas acompanharem as aulas. O que está faltando é apenas promover a convivência, que seja criado um bom espaço para isso e que não se consiga mais diferenciar quem ouve pelos ouvidos ou pela pele.
Um abraço!
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