quarta-feira, 13 de julho de 2022

Cirurgião-plástico é investigado após duas pacientes morrerem no Maranhão

O cirurgião-plástico Dagmar João Maester é investigado pela morte de Robenha Pereira, de 43 anos, e Patriciana Nunes Barros, de 36 anos, após procedimentos estéticos realizados por ele na cidade de Imperatriz, a 629 km de São Luís.

Robenha morreu no dia 15 de fevereiro deste ano, depois de ter feito uma abdominoplastia, lipoescultura e mastopexia nos seios em um hospital particular do município.

“Eu não tenho dúvidas da negligência que houve, porque assim que ele terminou a cirurgia, que demorou mais de quatro horas, ele saiu do box cirúrgico e foi logo para o hotel. Ela foi para a enfermaria e até então estava tudo bem, mas logo depois ela começou a sentir dor nas costas”, disse Tâmara Regina Pereira, filha de Robenha.

O atestado de óbito apontou insuficiência respiratória aguda, edema agudo de pulmão e tromboembolismo pulmonar pós-operatório. Cinco meses após a morte de Robenha, o delegado responsável pelo caso disse que as investigações ainda estão em fase inicial e que até agora Dagmar não foi ouvido.

Um mês depois da morte de Robenha, a assessora parlamentar Patriciana Nunes também faleceu após passar por uma abdominoplastia e uma cirurgia de prótese nas mamas realizada por Dagmar.

Dagmar vive em Goiânia mas atende no Maranhão e em Brasília. Em 2001, ele foi indiciado pela morte de duas pacientes depois de procedimentos estéticos em Goiás.

A delegada da mulher de Goiânia disse que em 1998 e 2001, a delegacia abriu pelo menos 10 inquéritos contra Dagmar para investigar denúncias de erros médicos, incluindo as duas mortes, mas nunca houve uma condenação.

Em 2010, uma funcionária pública de Brasília também morreu após ser operada por Dagmar. Ele foi processado por homicídio culposo e absolvido pelo Tribunal de Justiça de Goiás, Estado onde ele realizou a cirurgia. Além dos processos criminais, Dagmar responde a 17 processos cíveis, pedidos de indenização por erro médico.

Uma paciente de Brasília, operada em 2015, disse que o seu abdome ficou deformado e fez quatro cirurgias reparadoras com o médico ao longo de quatro anos, mas o resultado só piorou. Neste ano, o Dagmar foi condenado a pagar uma indenização por danos morais e materiais no valor de R$ 17.800, mas recorreu da decisão.

Do G1MA

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