Quando universitário, participei dos movimentos estudantis tempos movimentados da UNE, tempos em que estudantes iam para as ruas reinvidicar direitos. Sim, fui um desses. Acreditava que a desigualdade absurda deste país seria resolvida com a revolução e a marcha do proletariado ao poder.
Sim, queria um país melhor.
Assim comecei a votar, tempos de ARENA e MDB, ou era governo ou oposição. Para mim era socialismo ou nada, o fracasso não me incomodava. Hoje, o proletariado ainda não tem a devida consciência social, sempre constatei ao me deparar com os resultados das urnas. Quando os governantes eleitos fracassavam, dava de ombros e apontava com o queixo a multidão: a culpa é deles, eu votei no candidato certo. O desastre se perpetuava no poder, saia orgulhoso com minha atitude política, enquanto o de cima subia, os de baixo desciam e os excluídos eram cada vez mais.
O tempo passou.
A maturidade foi chegando, a convivência com a realidade, ocorreu uma involução social e a marcha do proletariado desceu rumo a pobreza extrema.
Se na eleição não existe o candidato ideal, perfeito, afinado com suas posições, vá sempre no que está mais próximo delas.
Nos últimos anos passei a viver no possível, não mais no ideal. Penso que hora de mudar. Diz a sabedoria popular que o bolso é a região mais sensível do corpo humano. Quando esvazia, experimentamos a perda da autoestima, o medo do futuro, a fome. A ausência de uma fonte de renda é um nervo exposto. A noção de cidadania engloba as esferas de saúde, educação, lazer, moradia, combate ao racismo e à desigualdade de gênero.
Sem isso tudo formamos apenas meros consumidores, não cidadãos. Queremos viver em um lugar onde os moradores vê os seus vizinhos conseguindo um emprego e saber que ele é o próximo. *Juntos Somos a Esperança!*
Um abraço,
Prof. Gilbertto Aroucha
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