quarta-feira, 8 de junho de 2022

Juntos pela esperança por Gilberto Aroucha

 

Quando universitário, participei dos movimentos estudantis tempos movimentados da UNE, tempos em que estudantes iam para as ruas reinvidicar direitos. Sim, fui um desses. Acreditava que a desigualdade absurda deste país seria resolvida com a revolução e a marcha do proletariado ao poder.

Sim, queria um país melhor.

Assim comecei a votar, tempos de ARENA e MDB, ou era governo ou oposição. Para mim era socialismo ou nada, o fracasso não me incomodava. Hoje, o proletariado ainda não tem a devida consciência social, sempre constatei ao me deparar com os resultados das urnas. Quando os governantes eleitos fracassavam, dava de ombros e apontava com o queixo a multidão: a culpa é deles, eu votei no candidato certo. O desastre se perpetuava no poder, saia orgulhoso com minha atitude política, enquanto o de cima subia, os de baixo desciam e os excluídos eram cada vez mais.

O tempo passou.

A maturidade foi chegando, a convivência com a realidade, ocorreu uma involução social e a marcha do proletariado desceu rumo a pobreza extrema. 

Se na eleição não existe o candidato ideal, perfeito, afinado com suas posições, vá sempre no que está mais próximo delas.

Nos últimos anos passei a viver no possível,  não mais no ideal. Penso que hora de mudar. Diz a sabedoria popular que o bolso é a região mais sensível do corpo humano. Quando esvazia, experimentamos a perda da autoestima, o medo do futuro, a fome. A ausência de uma fonte de renda é um nervo exposto. A noção de cidadania engloba as esferas de saúde, educação, lazer, moradia, combate ao racismo e à desigualdade de gênero.

Sem isso tudo formamos apenas  meros consumidores, não cidadãos. Queremos viver em um lugar onde os moradores  vê os seus vizinhos  conseguindo um emprego e saber que ele é o próximo. *Juntos Somos a Esperança!*

Um abraço,

Prof. Gilbertto Aroucha

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