A Polícia Civil do Maranhão concluiu o inquérito do caso de Gabriel da Silva Nascimento, de 23 anos, que foi agredido dentro do próprio carro, em frente de casa, em Açailândia, no Maranhão. Os acusados das agressões, o empresário Jhonnatan Silva Barbosa e a dentista Ana Paula Vidal, foram indiciados por tentativa de homicídio, com pena que varia de 6 a 20 anos de prisão.
Além do indiciamento dos acusados pelo crime, a polícia também pediu a prisão preventiva de Jhonnatan Silva, pois há indícios de que o agressor possa tentar fugir.
Antes da conclusão do inquérito, a Polícia Civil já havia representado pela prisão de Jhonnatan, mas o pedido foi negado. Agora, a polícia espera que a Justiça acate o novo pedido de prisão.
Segundo o delegado Saniel Ricardo Trovão, titular do 1° Distrito Policial de Açailândia, que presidiu o inquérito do caso Gabriel, a princípio o crime havia sido classificado como lesão corporal, mas, após receber do Instituto de Criminalística o laudo pericial das agressões sofridas por Gabriel, a configuração do crime mudou para tentativa de homicídio.
O inquérito aponta que Jhonnatan tentou sufocação indireta ao permanecer com os pés sobre o tórax da vítima. Ana Paula também teria tentado sufocar Gabriel ao se ajoelhar sobre o tórax e abdômen da vítima.
O crime
O crime aconteceu no dia 18 de dezembro de 2021, quando Jhonnatan e Ana Paula agrediram Gabriel o acusando de tentar roubar o próprio carro. O acusados do crime moram no mesmo prédio em que Gabriel residia.
Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que Gabriel é abordado por Jhonnatan e Ana Paula, que mandam ele sair do carro. O jovem sai e coloca as mãos para cima, em sinal de rendição e depois passa a ser agredido com socos, chutes e pisões, tapas, sendo que e Ana Paula chega a colocar os joelhos na barriga da vítima, enquanto Jhonnatan pisa o pescoço do jovem.
Gabriel afirma ter dito aos agressores que era dono do carro e que o documento dele estava dentro do veículo, porém eles não deram atenção e o agrediram.
“Foi aqui que eu achei que iria morrer. É no momento que ele sobe em cima de mim, junto com ela, com os joelhos… Ali é sufocante, porque ela manda ele me imobilizar, pisando no meu pescoço. Eu me senti sem ar”, disse o jovem em entrevista ao Fantástico.
A sessão de espancamento só parou quando um vizinho viu a situação e reconheceu que a vítima morava no prédio e era dono do carro de onde foi retirado.
De acordo com Gabriel, ele estava a caminho da confraternização da empresa em que ele trabalha, quando de repente o casal agressor se aproximou do veículo dele e o arrancou do carro acusando Gabriel de ser um ladrão. O jovem, que trabalha como recepcionista de uma agência bancária, havia comprado o carro há 2 meses.
Ele tentou pedir socorro, mas não adiantou, pois continuou sendo agredido pelo casal com socos e pontapés. A vítima disse que foi ofendido enquanto recebia as agressões.
No dia das agressões, Gabriel foi à delegacia para fazer um boletim de ocorrência, mas em três tentativas diferentes, ele foi informado de que o sistema estava fora do ar. Por isso, só conseguiu registrar a queixa no dia seguinte, o que impediu a prisão em flagrante dos agressores.
Neto Weba
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