A Polícia Federal deflagrou no dia 02 a Operação Juriti visando combater a extração ilegal de madeira no interior da Terra Indígena UrucuJuruá, situada no município de Itaipava do Grajaú/MA. Foi realizado sensoriamento remoto da região e constatou-se, por meio dos alertas do Planet – Programa Brasil M.A.I.S., um incremento no desmatamento desse território indígena no segundo semestre do corrente ano.
Ademais, levantamentos indicaram dois ramais madeireiros com intensa atividade madeireira ilegal e tráfego de caminhões carregados com toras.
Cabe destacar que a madeira extraída ilegalmente dessa área protegida abastece serrarias e movelarias clandestinas localizadas no entorno, principalmente no município de Grajaú, as quais processam, beneficiam e comercializam os insumos florestais oriundos da T. I. Urucu-Juruá, infringindo a legislação pátria, promovendo a degradação ambiental, a invasão em território indígena, expondo a população local a risco de doenças, bem como tornando escassos os recursos naturais da área para a subsistência dos povos indígenas.
Ressalte-se que a Terra Indígena Urucu-Juruá possui uma área de 13 mil hectares e é habitada por uma população indígena de aproximadamente 1.500 membros da etnia Guajajara.
Durante a Operação Juriti, três indivíduos foram presos em flagrante delito pelo corte de árvores nativas no interior da Terra Indígena Urucu-Juruá e pelo uso de motosserra sem licença da autoridade competente. Deverão responder pelos crimes previstos nos artigos 50-A, 51 e 52 da Lei 9.605/98, com penas que podem chegar a 6 anos de reclusão. Os conduzidos confessaram que haviam acabado de efetuar a derrubada de 7 (sete) árvores de grande porte na Reserva Indígena e que voltariam com um caminhão para a retirada da madeira.
Foram apreendidas duas motocicletas, aparelhos celulares dos envolvidos e motosserra. As investigações terão continuidade.
Participaram da Operação Juriti aproximadamente 25 servidores dos seguintes órgãos: Polícia Federal, MPF, IBAMA, PRF, ICMBio e Corpo de Bombeiros Militar (CBM).
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