No primeiro dia do 1º Encontro dos estudantes da Amazônia da UNE. Secretário de Educação do Maranhão, Felipe Camarão, fala sobre o papel do estado na defesa da floresta amazônica e sobre protagonismo juvenil
O 1º Encontro dos estudantes da Amazônia da UNE está começando nesta quinta-feira (2/12) e vai até dia 04, em São Luís, no Maranhão. Centenas de estudantes de todo o Brasil estão reunidos no Nordeste para debater os rumos da educação e da defesa da Amazônia. O governo do Maranhão é apoiador e entusiasta do evento. Falamos com o Secretário de Educação, Felipe Camarão sobre a experiência do estado frente a educação de indígenas e quilombolas, bem como maneiras de defender a educação brasileira e o bioma mais rico do planeta contra um governo federal que joga contra os temas. Confira:
Qual a importância de um evento como o 1º Encontro dos estudantes da Amazônia ser realizado no Maranhão?
No Maranhão, desde o início do governo Flávio Dino, estimulamos o protagonismo estudantil e receber um evento dessa magnitude reforça esse nosso trabalho e coloca a nossa juventude para debater pautas atuais e essenciais para o futuro do nosso planeta.
Qual os maiores desafios dos estudantes amazônidos no Maranhão?
Acredito que mantê-los estimulados, exercendo seu protagonismo, engajados com pautas importantes e conhecedores de suas responsabilidades com o meio ambiente, sem dúvida, é um grande desafio, diante de um cenário nacional tão desanimador, com tantas atrocidades acontecendo em nosso país.
Muitas pessoas não ligam diretamente o Estado do Maranhão com a Amazônia. Qual é o papel do Maranhão na defesa da Amazônia, tendo em vista que o governador é presidente do consórcio da Amazônia?
O Maranhão é protagonista nessas discussões, tanto que nosso governador é presidente do Consórcio da Amazônia Legal. Nosso papel é continuar contribuindo e promovendo o debate, demonstrando para todos que podemos sim pensar em desenvolvimento com respeito e preservando o meio ambiente e nossas comunidades tradicionais.
Precisamos urgentemente reduzir os impactos ambientais que a região sofre, sem deixar de pensar em seu desenvolvimento, afinal de contas temos cerca de 30 milhões de pessoas que habitam na região e necessitam que ela cresça sustentavelmente, sem que elas tenham que abrir mão de direitos.
Quais são os avanços na educação dos indígenas, quilombolas e ribeirinhas no Maranhão?
No Maranhão esses povos são cuidados com muita responsabilidade e respeito aos seus costumes e tradições, de forma articulada entre os diferentes órgãos no Governo do Estado, principalmente com setores como Direitos Humanos e Participação Popular, Educação, Desenvolvimento Social, Saúde, Infraestrutura, emprego e renda, Agricultura Familiar e Igualdade Racial. Recentemente, foram instituídas pela Resolução Nº 189/2020 – CEE/MA, as Diretrizes Curriculares Estaduais para a qualidade da Educação Escolar Quilombola no Sistema de Ensino do Maranhão. Ação que compõe um conjunto de políticas públicas de ações afirmativas na perspectiva de Promoção da Igualdade Racial estabelecidas no Programa Maranhão Quilombola. Na Educação, especificamente, temos investido em formação para os professores indígenas e quilombolas, cuidado da alimentação escolar, construído e reformado escolas, e disponibilizado todo o apoio necessário desde o uniforme, material didático, transporte escolar, entre outros. Por fim, são muitos investimentos, considerando que nosso estado possui uma relevante parcela da população na zona rural.
O Maranhão é destaque no país devido à valorização dos professores. Essa é uma prioridade da Secretaria de Educação?
Sim, a categoria dos educadores sempre foi prioridade para o governo Flávio Dino, um exemplo disso é que o Maranhão é o estado com um dos melhores salários para os professores e investiu fortemente na área, proporcionando escolas com melhores condições de infraestrutura.
Como está sendo a volta às aulas presenciais no Maranhão?
Reabrimos as escolas ligadas à rede pública estadual desde agosto deste ano, com o ensino híbrido. E em outubro, o governador autorizou o retorno 100% presencial nas escolas com condições para manter os protocolos sanitários. Tivemos um retorno tranquilo, nossas comunidades escolares estavam bem preparadas para lidar com qualquer situação adversa que ocorresse, para continuar mantendo a escola como um ambiente seguro para todos.
Como conduzir uma política ambiental responsável e a defesa da educação com o governo federal jogando contra?
O primeiro passo é incentivar as crianças e jovens para o debate desde a tenra idade e isso precisa ser feito no espaço escolar, pois assim estaremos contribuindo com a formação de cidadãos conscientes da realidade e protagonistas da vida. Somente com cidadãos com consciência crítica conseguimos vencer o obscurantismo. De fato, estamos atravessando uma fase muito ruim no Brasil, com um desgoverno que tem trabalhado no desmonte de todas as áreas, em especial, a Educação. Contudo, o Maranhão tem seguido na contramão dessa realidade, buscado cada vez mais investir em educação e tantas outras políticas públicas, pois temos um governador consciente de sua responsabilidade com o estado.
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