sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Criança que contraiu vírus da raiva segue em estado gravíssimo no Maranhão

Segue em estado gravíssimo no Hospital Universitário, em São Luís, uma criança de dois anos que contraiu o vírus da raiva no Povoado de Santa Rita Chapadinha, em Chapadinha, a 250 km da capital maranhense.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o caso foi confirmado em laboratório, no dia 6 de outubro, mas já havia sido comunicado no dia 22 de setembro.

A criança que contraiu o vírus foi mordida por um animal silvestre, mas ainda não há confirmação da origem da doença. Atualmente, está sendo feito um bloqueio e investigação em cães e gatos da região.

Esse é o primeiro caso da doença registrado após oito anos no Maranhão. Antes, em 2013, os últimos dois casos foram notificados nos municípios de Humberto de Campos e São José de Ribamar.

Na última semana, autoridades de saúde da região anunciaram a vacinação contra a raiva em todas as pessoas do povoado, além do treinamento para todos os agentes comunitários de saúde em Chapadinha; treinamento para os médicos e enfermeiros sobre o diagnóstico da raiva; e protocolos de atendimento.

Vírus da Raiva

O vírus da raiva humana é do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. A transmissão ocorre por meio da saliva do animal infectado, principalmente pela mordida e, mais raramente, por arranhões ou lambidas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central.

No caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão e aplicar produto antisséptico.

Nos casos de agressão por cães e gatos, quando possível, observar o animal por 10 dias para ver se ele manifesta doença ou morre.

Em geral, os sintomas da doença são alterações de comportamento – confusão mental, desorientação, agressividade, alucinações; espasmos ao sentir água ou vento – hidrofobia; mal-estar geral; aumento de temperatura; náuseas; dor de garganta; entre outros.

Para animais silvestres não há vacinação, por isso o indicado é nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.

Neto Ferreira

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