A inclusão do nome do secretário de Educação do Estado, Felipe Camarão (PT), na lista dos pré-candidatos ao governo, com suposta anuência do governador Flávio Dino (PSB), deixou atordoado todo o staff da pré-candidatura do senador Weverton Rocha (PDT).
Após almoço com o governador Flávio Dino, testemunhado pelo titular da Comunicação, Ricardo Capelli, Camarão foi direto para uma produtora parceira gravar um vídeo que se transformou numa espécie de lançamento do seu nome como pré-candidato, com possível apoio do socialista.
Ato contínuo, sem avaliação mais profunda, aliados de Weverton trataram logo de criar uma narrativa sugestivamente prejudicial ao vice-governador, Carlos Brandão, candidato natural do grupo de Flávio Dino.
Esqueceram de dois detalhes importantes. Primeiro, da premissa de que não há pré-candidato a vice-governador.
Mais do que o coringa de Flávio Dino nas arrumações do seu secretariado ao longo desses quase oito anos, Camarão goza da confiança do socialista e a composição com Brandão seria mais uma missão dada e cumprida com sucesso em 2022.
O segundo detalhe é a “galinha dos ovos” de Weverton Rocha, claramente ameaçada com o surgimento do nome de Camarão nesse contexto: o Partido do Trabalhadores (PT).
Embora a maioria dos membros do diretório estadual milite em favor da aliança com Brandão, até os bebês das petistas sabem que quem bate o martelo para essas questões é o diretório nacional e seus interesses.
Portanto, é com essas duas cartas da larga manga de Flávio Dino que o cerco se fecha contra Weverton. E os petistas se encaminham para os braços de Brandão, com direito a duas garantias: o PT do Maranhão na chapa majoritária e uma aliança com o PSDB num provável segundo turno das eleições do próximo ano, contra Bolsonaro.
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